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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Avivamento de David Brainerd


Queridos, estamos colocando alguns trechos do diário de David Brainerd extraídos de várias fontes. Ele é um estímulo para nós e para todo aquele preocupado com a evangelização e com a necessidade da salvação de almas, da presença do Reino de Deus nos corações. Deus tem despertado muitos homens com estas leituras para a obra evangelística e missionária. Num segundo momento, colocaremos as notas sobre a oração deste extraordinário exemplo de dedicação a Deus que foi David Brainerd.
 

                                       
                     O Avivamento de Brainerd

                                                                William E. Allen


     Depois de alguns anos de trabalho árduo e quase infrutífero entre os índios da América do Norte, David Brainerd viu começar um poderoso avivamento em julho de 1745.  E este foi em resposta às orações agonizantes.
     Brainerd escreveu: “ julho 26. À noite Deus foi servido de ajudar-me em oração, além do que eu havia experimentado por algum tempo. A minha alma foi, de um modo claro, arrastada para a dilatação do Reino de Cristo e para a conversão do meu pobre povo, e descansou esperando em Deus para o cumprimento daquela grande obra”.
    “A minha alma, a minha própria alma ansiava pela colheita dos próprios pagãos; e eu clamei a Deus por eles com a maior ansiedade e ardor, e também porque não podia deixar de clamar. Eu ansiava que a parte restante de minha vida pudesse ser ocupada em maior atividade e esforço nas coisas de Deus”.
    “Agosto 3. Tendo visitado os Índios nessas aldeias induzida (sic) à oração a Deus, especialmente por meu pobre povo, a quem eu havia telegrafado, pedindo que se reunisse para pregar-lhe no dia seguinte. Estendi-me por muito tempo em súplicas por sua conversão, e nunca antes senti os meus desejos por coisas desta natureza, tão sensível e claramente desinteressados e livres de quaisquer motivos egoístas”.
     “Parecia-me como se eu não tivesse nenhuma preocupação ou quase  nenhum desejo de ser o instrumento de tão glorioso trabalho, enquanto eu ansiava e orava pelos Índios entre eles. Se aquela bendita obra pudesse ser executada para honra de Deus e o engrandecimento do amado Reino do Redentor, isso era todo o meu desejo e preocupação: e desta benção eu tinha esperança, mas com tremor. A minha crescente esperança na conversão dos Índios foi por vezes abalada de tal modo que, abateu-se-me o espírito, falhou a coragem, e quase não podia mais alimentar esperança”.
     “Agosto 3. Tendo visitado os Índios nessas aldeias em junho passado, e demorado com eles por muito tempo, pregando quase diariamente, achei-os agora sérios e em grande número dominados de um novo e forte interesse por Cristo. Preguei-lhes hoje baseado nestas palavras: Quem quiser tome de graça a água da vida”.
     “E o Senhor, disso estou certo, capacitou-me, de um modo fora do comum, a Pôr diante deles o Senhor Jesus Cristo como um Salvador amoroso e compassivo, convidando os pecadores  infelizes e perecíveis a aceitar a eterna misericórdia. Podia-se notar logo um vivo interesse que surpreendia a todos. Havia cerca de 20 pessoas adultas reunidas e não vi mais de duas que estivessem com os olhos enxutos”.
     “Agosto 6. De manhã preguei aos Índios na casa donde estávamos hospedados. De muitos deles a mensagem feriu o coração, de modo q    ue umas poucas palavras sobre suas almas foram bastantes para provocar lágrimas abundantes, soluços genuínos e gemidos”.
     “A tarde preguei-lhes outra vez. Eles se mostravam interessados em ouvir. Mas nada parecia digno de nota até perto do fim da minha pregação: foi então aí quando as verdades divinas foram influenciadas de um repentino poder que produziu neles um admirável interesse. Todos pareciam estar dominados da angústia de sentir interesse por Cristo. Foi surpreendente ver como os seus corações pareciam compungidos com os apelos afetuosos e tocantes do Evangelho, quando não havia uma palavra que lhes provocasse medo ou terror”.
     “Agosto 8. À tarde preguei a uma ssessenta e cinco pessoas e senti-me influenciado por uma liberdade fora do comum. Havia interesse bem visível entre eles; mas quando falava a um e a outro mais individualmente, o poder de Deus parecia descer sobre a reunião ‘como um vento veemente e impetuoso’, e com uma admirável força subjugou a todos por onde passou”.
     “Fiquei maravilhado com a influência que dominou o auditório, que era de homens e mulheres idosos,algumas crianças e também pessoas de idade média”.

      História dos Avivamentos Religiosos, de William E. Allen. Rio: Casa Publicadora Batista, 1958.

                                                O Diário de David Brainerd

   8 de Agosto. [...] “Fiquei admirado diante da influência espiritual que tomara conta quase que totalmente da audiência, não podendo compará-la com outra coisa senão com a força irresistível de uma poderosa torrente de uma inundação crescente, que, com seu insuportável peso e pressão, leva de roldão a tudo e a qualquer coisa em seu caminho. Quase todas as pessoas, sem importar a idade, foram envolvidas, inclinando-se sob a força da convicção, e quase ninguém foi capaz de resistir ao choque daquela surpreendente operação divina. Homens e mulheres idosos, que tinham sido viciados em álcool por muitos anos, e até algumas crianças pequenas, de não mais de seis ou sete anos, pareciam estar aflitas devido ao estado de suas almas; sem falar em pessoas de meia-idade. Era evidente que aquelas crianças, pelo menos no caso de algumas delas, não estavam apenas assustadas diante do ambiente geral de apreensão, mas estavam genuinamente sensibilizadas para com o perigo que corriam, com a mal­dade de seus corações, com sua miséria por estarem privados de Cristo, conforme alguns deles chegaram a dizer.
     Os corações mais empedernidos agora eram forçados a submeter-se. Um dos chefes entre os índios, que até então sentia-se perfeitamente seguro e justo aos seus próprios olhos, pensando que o estado de sua alma era bom, visto que sabia mais do que os outros índios sabiam, e que com grande grau de confiança dissera, no dia anterior, que "tinha sido um cristão há mais de dez anos", agora estava tomado por profunda comoção acerca de sua alma, e chorava convulsivamente. Um outro homem, de idade avançada, assassino, um powaw ou feiticeiro, alcoó­latra muito conhecido, agora também fora levado a clamar com muitas lágrimas por misericórdia, queixando-se por não se sentir ainda mais preocupado, quando via que o seu perigo era tão grave.
     Estavam quase todos orando e clamando por misericórdia por toda parte da casa, e até do lado de fora da casa, e alguns deles não podiam ao menos permanecer de pé. Estavam de tal modo preocupados consigo mesmos, que nenhum parecia prestar atenção no que ocorria ao redor, mas antes, cada qual orava espontaneamente a seu próprio favor. Parece-me que sentiam-se tão sozinhos como se cada qual esti­vesse no meio de um deserto. Ou, melhor ainda, acredito que sobre nada mais pensavam senão sobre si mesmos e sobre a condição de suas almas. Assim, cada qual orava à parte, embora todos estivessem fazendo isso ao mesmo tempo.
     Parecia-me estar tendo cumprimento exacto, diante de todos, o trecho de Zacarias 12.10-12, pois agora havia um grande clamor, "como o pranto de Hadadrimom", e que cada qual lamentava-se "à parte". Pensei que a cena muito se assemelhava ao dia do poder de Deus, men­cionado em Josué 10.14; porquanto cumpre-me dizer que nunca antes vira um dia como aquele, sob todos os sentidos. Hoje foi um dia, estou persuadido, em que o Senhor muito fez para destruir o reino das trevas entre esse povo.
     A preocupação deles, de modo geral, era extremamente racional e justa. Aqueles que estavam despertos há algum tempo, queixavam-se especialmente diante da maldade de seus corações; e aqueles cujo despertamento era recente, falavam da maldade de suas vidas e acções. Mas todos temiam muitíssimo a ira de Deus e que a condenação eterna fosse a parte que caberia às suas almas, por causa de seus graves pecados. E alguns dos civilizados que por curiosidade vieram ouvir o que "dizia esse tagarela" aos pobres e ignorantes índios, foram tremendamente despertados; alguns aparentemente ficaram chocados pela visão de seu estado de perdição.
     Aqueles que ultimamente tinham recebido a certeza da salvação, eram tomados por um profundo senso de consolo. Pareciam calmos e bem equilibrados, regozijando-se somente em Jesus Cristo. Outros conduziam seus amigos aflitos pela mão, falando-lhes da bondade de Cristo, bem como do consolo que os penitentes podem receber da parte dEle; então convidavam-nos a entregar seus corações a Jesus. Pude observar alguns deles,  que de maneira sincera e humilde, sem qualquer intuito de serem notados, elevavam os olhos para o alto, como que clamando por misericórdia, ao ver a agonia das pobres almas à sua volta.”
Fonte: http://www.webrevival.net/pt/livros/brainerd.html

      Brainerd findou a sua carreira terrestre aos vinte e nove anos. Contudo apesar de sua grande fraqueza física, fez mais que a maioria dos homens faz em setenta anos.
Sua biografia, escrita por Jônatas Edwards e revisada por João Wesley, teve mais influência sobre a vida de A. J. Gordon do que qualquer outro livro, exceto a Bíblia. Guilherme Carey leu a história da sua obra e consagrou a sua vida ao serviço de Cristo, e nas trevas da Índia! Roberto McCheyne leu o seu diário e gastou a sua vida entre os judeus. Henrique Martyn leu a sua biografia e se entregou para consumir-se dentro de um período de seis anos e meio no serviço de seu Mestre, na Pérsia.

     O que Davi escreveu a seu irmão, Israel Brainerd, é para nós um desafio à obra missionária: "Digo, agora, morrendo, não teria gasto a minha vida de outra forma, nem por tudo que há no mundo."
Fonte: http://dhiegoribeiro.blogspot.com/2009/12/herois-da-fe.html

Um comentário:

  1. A OBRA DO SENHOR É COMPLETA,ELA CAPACITA AQUELE QUE PROCURA A TUA PALAVRA .HOMEM ABENÇOADO POR TER FÉ NAQUELE QUE ENTREGOU SUA VIDA Jesus AMÉM QUE HOJE PODEMOS FAZER A OBRA .

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