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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Contentes com a Terra: mergulhados no egocentrismo

                                                                               Carmelo Peixoto

O engano mortal pode ser expresso numa formulação bem simples: viver deliciosamente sobre a terra. Com os ímpios é assim: deliciar-se no que a carne pode oferecer. Não se pode negar que a carne tem o seu prazer. O que contudo se costuma esquecer é a natureza deste prazer. Ele é passageiro e perigoso, por isso deve ser vivido com responsabilidade: alimentar-se, por exemplo. Agora, em se tratando de crentes, a atitude deve implicar mais responsabilidade ainda. É preciso tomar cuidado para não ser atraído pelas coisa da carne. As obras da carne nós conhecemos. Spurgeon, por exemplo,  dizia que era mais fácil administrar a falta do que a fartura, porque na fartura podemos passar dos limites. Sabemos que excesso é sinônimo de prodigalidade. O filho pródigo é um exemplo. Deixou o pai e foi ganhar o mundo. Esbanjou.

Podemos esbanjar, disperdiçar tempo, recursos, bens, potencial. Desperdiçamos tudo isto para derrota nossa nas batalhas diárias contra a carne, o mundo e o diabo. Nossa carne diz que é melhor gastar tempo com tecnologia, comida, roupa, conforto dos bens materiais. Esquecemos as glórias eternas. Paramos de contemplar as maravilhas de Deus, a beleza da Sua santidade, a grandeza da Sua fidelidade, as alturas da Sua justiça, a imensurabilidade do Seu amor, a eternamente renovável misericórdia dAquele que não permite que sua justiça nos consuma.

Quando se olha para a vida de várias pessoas, pelo que elas dizem, fazem e pensam, vemos como a nossa geração é pequena em conhecimento bíblico e experiência com Deus. Vemos tantos cristãos expressando  tanto a respeito de si mesmos  e raramente falando sobre os atributos e a maravilhosas obras de Deus! Como pode um crente contentar-se tanto com as coisas daqui quando o apóstolo Paulo disse em Filipense 1:21 que  "o viver para mim é Cristo" e "que morrer para mim é lucro"? Como pode um crente pensar tanto em si e nas coisas da terra e nunca admirar-se com a grandeza do nosso Deus? Como pode um crente se conformar com a sua ausência insistente por meses e anos da escola dominical para aprender sobre Deus? Como pode um crente não ver as falhas de sua igreja a ponto de tentar exaltar sua igreja e denominação e não procurar a glória de Cristo, que é o principal? O que está acontecendo?

Precisamos de homens que falem e divulguem que TUDO é para a glória de Deus. Homens que divulguem esta verdade. Isto traz uma diferença incrível na vida do crente e da igreja. Um crente consciente desta verdade não abre mão dela para qualquer ideia que venha contrariá-la na sua vida e na obra cristã. Um crente assim torna-se um farol realmente, influencia dezenas de pessoas, uma igreja baseada na verdade de que não deve contentar-se com nada menos do que isso transforma as vidas, os ministérios, as famílias. A luz brilhará intensamente frente a uma geração de homens mergulhados no egocentrismo por falta de conhecimento bíblico.

Um crente e uma igreja que tem como alvo glorificar a Deus como meta principal não cede ao ego nem a terra, ela vislumbra a glória daquele que vive eternamente.




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