Magmel blogger barra

Magmel blogger barra

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Motivos para Orar por um Avivamento


                                                             Carmelo Peixoto



                     Quero enumerar aqui, de modo concentrado, fatos que deveriam motivar a todos nós  a orarmos por um avivamento.
                     A família foi atingida. Muitos jovens estão nas drogas, na bebedeira e na libertinagem. Muitos velhos encontram-se solitários e muitos sem Cristo. Muitos crianças estão sendo, de algum modo, injustiçadas. O misticismo tem crescido.  A noção de fidelidade no casamento parece não ter a importância que tinha. Temo que muitos cristãos tenham pouco conhecimento da Bíblia.  Há corrupção em várias esferas de poder. Os assaltantes estão nas ruas. A imoralidade e a perversão estão aparecendo nos meios de comunicação. Depressão, solidão, desorientação.  Temo que boa parte do povo de Deus não conheça a vida dos grandes servos de Deus, pastores e missionários que levaram o Evangelho para muitas partes do mundo e vários pastores e pregadores que foram poderosamente usados por Deus. Homens como Adoniram Judson, Hudson Taylor, Jonathan Edwards, Charles h. Spurgeon, John Wesley, e outros.  Percebo que a vinda de Jesus se mostra cada vez mais próxima.  Acredito que aqui, de modo conciso, estão alguns motivos para orarmos por um avivamento na igreja cristã.

                      Irmãos, lembro-me agora das palavras de Paulo: “Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança salvação;” (1 Tess. 5:8).

sábado, 12 de novembro de 2011

O Senhor Seja Louvado em Todas as Línguas

Louvado em coreano. His yoke is Easy, do Messias, de Handel. Ele é digno. Seu jugo é suave.
                                          Abraços, Carmelo Peixoto.

sábado, 5 de novembro de 2011

Bakht Singh: A visão de um Líder Cristão Indiano


Lendo o livro “Oração e Avivamento”, de Leonard Ravenhill (publicado pela Editora Motivar, 2009), encontrei um trecho de uma artigo de Bakht Singh (1903-2000), extraído de uma publicação doo Conquest For Christ. Fiquei maravilhado com a lucidez deste amado líder cristão da Índia. Passo agora a transcrevê-la. Abraços, em Cristo. Carmelo Peixoto.


          “As Igrejas indianas têm um grande peso de intercessão pela América e estão orando para que Deus visite este país com o reavivamento [...] Vocês lamentam tanto a nossa pobreza material na índia, enquanto nós indianos, que conhecemos o Senhor, lamentamos a pobreza espiritual da América. Oramos para que Deus lhes dê o ouro refinado pelo fogo, o qual Ele prometeu a todos quantos conhecem o poder da sua ressureição. Em nossos cultos, gastamos de quatro a seis horas em oração e adoração, enquanto nosso povo passa toda a noite esperando no Senhor em oração. Mas na América, após uma hora de culto, vocês começam a olhar o relógio. Oramos para que Deus possa abrir-lhes os olhos para compreenderem o verdadeiro significado da adoração[...] Para atrair as pessoas aos cultos, vocês dependem de grandes divulgações, cartazes, anúncios e de pregadores reconhecidamente ungidos e talentosos. Na Índia, tudo o que nós possuímos é o próprio Senhor Jesus, e Ele nos basta. Antes de uma reunião evangélica na Índia, jamais anunciamos quem será o pregador. Quando as pessoas vêm, elas querem buscar o Senhor e não um ser humano ou um palestrante famoso e especial. Em nossas reuniões, temos tido aproximadamente 12 mil pessoas unidas para adorar ao Senhor Jesus Cristo e terem comunhão umas com as outras. Estamos orando para que as pessoas na América possam também vir às igrejas famintas pela presença de Deus e não, meramente desejosas de algum tipo diferente de entretenimento, ouvindo belos corais ou talentosos cantores”.
  
Gostou deste texto? Visite outros textos em carmelopeixoto.blogspot.com

domingo, 16 de outubro de 2011

O Poder de Deus no Ministério de John Wesley*


                                                                                          Wesley L. Duewel

                                                                                                                                                                                                    
           John Wesley (1703-91), o evangelista do coração ardente, é alguém cujo ministério foi repetidamente caracterizado pelo poder do Espírito Santo. A história da sua conversão é bem conhecida. O ambiente piedoso do seu lar na primeira infância, sua intenção através da juventude no sentido de disciplinar metodicamente o seu corpo para uma vida santa, sua promoção no Clube dos Santos em Oxford, sua experiência missionária de dois anos na América do Norte e sua profunda piedade, mas falta de certeza da salvação — são freqüentemente citados.
   
      A seguir veio o seu novo nascimento, transformador de vida, em 24 de maio de 1738, quando este ministro profundamente  dedicado encontrou Cristo durante a leitura de uma passagem de Martinho Lutero. Wesley contou que seu coração sentiu-se "estranhamente aquecido", e a partir desse dia ele se tornou o proclamador do glorioso testemunho do Espírito na salvação. Qual foi o segredo do seu prodigioso ministério a partir desse dia? Historiadores seculares respeitados disseram que através do ministério de John Wesley, seus colaboradores e convertidos, assim como o do grande despertamento resultante em toda a Inglaterra, a nação foi salva do banho de sangue que caracterizara a Revolução Francesa, iniciada dois anos antes da morte de Wesley. Robert Southey acrescentou que Wesley fora "a mente de maior influência" do seu século, cuja vida influenciaria a civilização durante "séculos ou talvez milênios", caso a raça humana durasse tanto! Um nobre inglês, passando por um povoado em Cornwall, na Inglaterra, depois de procurar em vão um lugar onde comprar bebida alcoólica, perguntou a um camponês: "Como é que eu não posso comprar um copo de bebida nesta triste aldeia?". O velho, reconhecendo a posição do estrangeiro, tirou respeitosamente o chapéu e curvou-se, dizendo: "Senhor, há cerca de cem anos um homem chamado John Wesley passou por aqui". O camponês então virou-se e foi embora.Durante 53 anos de um ministério incansável, Wesley chamou a si mesmo de "homem de um livro só" — a Bíblia. Ele escreveu, todavia, mais de 200 livros, editou uma revista, compilou dicionários em quatro línguas — tudo escrito a mão. Ele percorreu a Inglaterra a cavalo, num total de 250.000 milhas.

       Durante anos, fez uma média de 20 milhas diárias e muitas vezes andava 50 a 60 e até mais milhas por dia, parando para pregar ao longo do caminho. Ele pregou 40.000 sermões — raramente menos que dois por dia e às vezes sete, oito ou até mais.

     Aos 83 anos queixou-se de que não podia ler nem escrever mais de 15 horas por dia sem que os olhos doessem. Lamentou não poder pregar mais que duas vezes por dia, e confessou sua crescente tendência de permanecer na cama até as 5.30 da manhã. Aos 86 continuava levantando-se nessa hora para orar.

     Qual o segredo da sua tremenda energia ou, mais ainda, o segredo do selo continuado de Deus sobre o seu ministério? As anotações da sua agenda nos dias 3 e 15 de outubro de 1738 evidenciam os seus anseios por uma experiência mais profunda. Os historiadores apontam para uma ocasião, seis meses depois do seu novo nascimento. Ouçam as palavras dele, escritas no diário: "Segunda-feira, 1º de janeiro de 1739. Os srs. Hall, Kinchin, Ingham, Whitefield, Hutchins e meu irmão Charles estiveram presentes à nossa festa de confraternização em Fetter-lane, com cerca de 60 de nossos irmãos. Às três da manhã aproximadamente, enquanto continuávamos em oração, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós, a ponto de muitos clamarem por júbilo e outros tantos caírem no chão.  Tão logo nos recobramos um pouco desse temor e surpresa com a presença de Sua majestade,  falamos todos juntos: 'Te louvamos, ó Deus, reconhecemos que Tu és o Senhor'".O relato nos faz lembrar, de certo modo, da experiência dos apóstolos em Atos 4:23-31. O derramamento do Espírito sobre essa reunião das várias sociedades metodistas parece ter sido um ponto crítico no ministério de Wesley. A partir de então ele pregou com extraordinária unção e poder, e essa pregação resultou em poderosa convicção de pecado no coração das multidões de pessoas.

     Os sermões impressos de Wesley não contêm ilustrações, que são muitas vezes usadas por Deus hoje para tocar o coração das pessoas. Nada em suas mensagens parece despertar emoções. Quando as lemos hoje, podemos perguntar-nos por que eram tão eficazes. Todavia, Deus fez uso delas para levar milhares ao Senhor. Não era a palavra, mas o poder de Deus na palavra.

*Wesley, Duewel, Em Chamas para Deus.: http://pt.scribd.com/doc/23222137/Wesley-L-Duewel-Em-Chamas-para-Deus

                                                               

                                                                      

sábado, 15 de outubro de 2011

Quando Virá um Avivamento


                                                Carmelo Peixoto

1 Quando eu, você e muitos do povo de Deus nos unirmos para orar por um avivamento.

     É claro que só Deus Pode fazer isto. Não podemos fazer nada, pois “sem mim nada podeis fazer”; podemos, contudo orar, pedindo que Deus o faça, que nos coloque para orar, que nos quebrante o coração pela situação do mundo, dos pecadores e também pela igreja em nossa cidade, em nosso país e em outros lugares; a fim de que esta igreja se torne uma igreja cada vez mais fiel, que ame mais o Reino de Deus; que faça de nós homens e mulheres ousados para anunciar com poder a Sua Palavra. Como em Atos capítulo 4.

2 Quando eu e você (e por tabela, a Igreja) colocarmos Deus como prioridade.

     Isto quer dizer que quando estivermos totalmente conscientes de que Ele é a nossa própria vida. Deus é a maior prioridade de nossa vida porque é Ele quem nos sustenta. Para isto temos que lutar por todos os meios da graça para torná-lo a Pessoa mais importante, porque ele é quem nos sustenta e, a nossa vida, sob todos os aspectos, depende dele; nunca esquecer que tudo foi feito por Ele e para Ele (ver. Cl 1:16)

3 Quando eu e você tivermos uma visão do Reino em sua majestade e tremenda realidade santa.

    Quando os olhos do nosso coração forem iluminados (ver Efésios 1;18) e nossos olhos o virem a ponto de nos abominarmos e nos arrependermos no pó e na cinza (Jó 42:5,6); quando a magnitude do infinito e santo Deus encher nossa visão espiritual, e a nossa vaidade, mesquinhez carnal e religiosidade forem abandonadas para dar lugar a  profundo senso de adoração intraduzível em palavras; quando as lágrimas poderem indicar que o nosso coração viu a Sua glória.

4  Quando eu e você, conhecendo essa tremenda realidade do Reino e vendo a Sua majestade, recebermos o poder de estarmos determinados a abandonar tudo por Ele.

   “ para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos”; (ver Efésios 1:18). E assim cumprirmos aquilo para o que fomos alcançados por Cristo Jesus, como Paulo, que considerou tudo como refugo para conseguir a Cristo. ( ver Filipenses 3:10-14)

5  Quando eu e você percebermos a dimensão da luta em que nossas almas e as dos outros homens estão envolvidas contra o pecado e o inferno.

     Aí então o nosso egoísmo, que é fortalecido por uma época de consumismo e materialismo, der lugar a uma dinâmica devocional bíblica sem vacilações entre dois caminhos; aí então nosso coração estará mais preparado para o Senhor e faremos questão de nada; aí então cada mentira que satanás nos oferecer será desmascarada por uma coração fiel que vê um invisível e que despreza os tesouros do Egito pós-moderno.


   Todos estes pontos nos levam a que os meus pensamentos e os teus não estarão mais amparados pela compreensão de nossa mente natural, cheia de enganos da carne, de mágoas, de falta de perdão, ausência de confissão, indolência, concupiscências do engano, orgulho, etc,; e nosso coração poderá valorizar mais a Palavra de Deus do que as opiniões religiosas superficiais; quando nosso coração se mostrar conhecedor da Palavra, com pensamentos e sentimentos em concordância com o ensino da Bíblia, como também nossas ações, porque nosso coração estará cheio das promessas e dos mandamentos de Deus, ou, em  outras palavras, quando nosso coração for cheio de fé porque confia nas promessas, for amoroso porque guarda os mandamentos e for sábio porque clama por ousadia para pregar a Palavra de Deus. Enfim, quando, como Paulo, pudermos dizer Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”. (Filipenses 1:21).

Visite o nosso blog “oração e avivamento”: carmelopeixoto.blogspot.com.br

sábado, 1 de outubro de 2011

Oração: Resposta para a Inquietação

                                                 Carmelo Peixoto
       
         Quem mais se queixa é quem menos ora. As ocasiões em que eu me vi me queixando da situação da igreja cristã no mundo, especialmente no meu país, foi o tempo em que também estive orando pouco. Não há no Novo Testamento exortações do tipo “queixando-vos uns aos outros dos vossos irmãos e das vossas igrejas, para que consigais alterar a situação”. Ao contrário, há exortações a perseverar em oração, a ser paciente na tribulação a se alegrar ainda que a figueira não floresça, etc., palavras que direcionam para atitudes de fé e esperança. Há, sim, um preceito que aponta para o oposto: “Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.” (Tiago 5:9).
          A carne é impaciente. Temo que muitos cristãos estejam cheios de problemas sem conseguir sair deles porque, apesar de todas as gloriosas promessas dadas a nós por Deus, eles parecem não acrescentar, sobre a sua fé, a virtude e à virtude, o conhecimento, etc, como nos ensina Pedro na sua segunda epístola. Parecem viver vidas derrotadas, agindo na carne, tentando pegar as bênçãos do seu modo, com medo de perdê-las, caso algo dê errado nos seus projetos, e outros enganos do pensamento carnal. Os cristãos que eu tenho visto com vários problemas em muitos casos são, ao que parece, quase sempre pessoas de pouca oração e pouca leitura, ao que se me afigura na mente não se apropriam de um grau de intimidade com Deus que lhes permita um discernimento espiritual de como Deus opera, na sua bondade e  não discernem também erros de filmes, livros, atitudes, pregadores, etc. Colhem o que plantaram com a sua negligência da oração e da leitura da Bíblia: ignorância e embaraços.
         Eles se queixam da igreja, das programações, aprendem a participar de boataria, sabem coisas que até certos oficiais e líderes da igreja não sabem mas que já chegaram aos seus ouvidos; tornam-se ingratos, não seguram sua língua, vivem vidas mesquinhas, do tipo, me dá me dá. Quando podem repartir as benção e avisar a outros se calam. Este é o destino de um tipo de pessoa que não cresce na fé. Quando procuram sabedoria, não acham; Criticam as  atitudes carnais dos irmãos, mas não veem os seus próprios pecados. Eles parecem não valorizar a oração. Fico pensando se esses irmãos que crescem lentamente creem que os mais velhos na fé não percebem a falta de conhecimento deles sobre a Bíblia; será que ingenuamente acreditam que podem vencer o diabo sem orar muito e sem conhecer a Palavra de Deus?
        Para eles, ficam os exemplos dos que oram e se tornam sábios e conseguem alavancar um ministério na paz de Cristo, sem contendas; para eles, fica o testemunho dos que cresceram na fé e adquiriram um espírito manso e tranqüilo, um coração quebrantado; para eles ficam os exemplos de irmãos e irmãs que, nas prisões comunistas da China  e da Coreia do Norte, passaram décadas presos e maltratados sem perder a esperança e a alegria, irmãos anônimos cujo galardão está com o Senhor da glória; para eles, ficam os exemplos dos homens e mulheres que, mesmo depois dos tempos bíblicos, já na era moderna, marcaram a igreja com os grandes hinos da fé, com as gigantescas obras missionárias, com grandes obras teológicas e devocionais, nas quais brilha a luz da Palavra de Deus; para eles fica a vida do apóstolo Paulo, que se esforçou e aguentou tudo para que o evangelho de Jesus Cristo se espalhasse entre os gentios e, por fim, fôssemos alcançados por esta tão grande salvação. Para eles fica a exortação do apóstolo Pedro:
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” 
(1 Pedro 2:9)
         Note esta segunda parte: “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Como poderão anunciar se não estiverem dedicados à oração, se não lerem bastante a Palavra, se levarem uma vida de pouca intimidade com o Senhor? Para eles, ficam as gloriosas promessas como “E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” (Mateus 21:22) ou “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 18:19). Por que então tanta inquietação, por que tanta queixa? Creio que falta oração na vida de muitos. Eu também me cuido com isto. Quero terminar com Paulo: Não estejais “inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.” (Filipenses 4:6).

     Blog oração e avivamento: carmelopeixoto.blogspot.com

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Pregação Rev. Hernandes Dias Lopes no CSU (vídeo)

     Amados, esta pregação do Rev. Hernandes Dias Lopes se deu no dia 02 de julho de 2011, no Congresso Sinodal Unificado, que aconteceu na Igreja Presbiteriana Nacional em Brasília, DF; ela haverá de nos despertar, com a graça de Deus. Assistam e divulguem. Abraços, Carmelo Peixoto.


               Congresso Sinodal Unificado - Ig. Presbiteriana Nacional - Brasília - DF

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Avivamento Morávio e o Conde Zinzendorf


O Texto a seguir foi publicado em 2003  pela revista Ultimato, edição 266, redigido por Francisco Leonardo Schalkwijk. Contudo, extraímos esta cópia de outra fonte, citada ao final.

 Avivamento Morávio     
 
 No ano 1727, irrompeu o conhecido avivamento morávio. Por mais que queiramos, não dá para copiar despertamentos espirituais, mas felizmente podemos aprender deles.

 Zinzendorf

     Neste ano 2000, se completam três séculos que o conde Nicolas Ludwig von Zinzendorf nasceu. A família, luterana muito crente, morava no reinado de Saxônia, em um castelo a poucos quilômetros da fronteira tcheca. Seu pai, que era secretário de Estado em Dresden, morreu depois de consagrar seu filho de 6 semanas para a obra do Senhor. Quatro anos mais tarde, sua mãe casou-se de novo e o menino foi educado por sua avó e uma tia. Ambas apoiavam o movimento pietista, que procurava reavivar a igreja por pequenas reuniões de estudos bíblicos e oração, como “igrejinhas na igreja” (ecclesiolae in ecclesia). O líder era o Dr. Spener, que às vezes visitava a família. O menino amava o Senhor, orava muito e sempre lia a Bíblia e o Catecismo de Lutero. Depois de estudar em famosa escola em Halle, aos 15 anos, seguiu para a Universidade de Wittenberg a fim de preparar-se para o serviço governamental, estudando direito e teologia.
     Concluídos os estudos, fez uma viagem aristocrata através da Alemanha, Holanda, Bélgica e França. Em Düsseldorf, viram uma pintura de Cristo, coroado de espinhos, com as palavras: “Tudo isto fiz por ti. Que fazes tu por mim?”, que reforçaram sua decisão de viver para Cristo. De volta ao lar, casou-se com a condessa Erdmuth von Reuss, que se tornou a “Mãe Adotiva da Igreja dos Irmãos (morávios)”. Então, aos 22 anos, iniciou seu ofício como conselheiro real em Dresden. Nas tardes de domingo, dirigia estudos bíblicos para interessados. Comprou da sua avó a gleba de Berthelsdorf e, como senhor feudal, instalou seu amigo João Rothe como pastor, orando para que a vila se transformasse em uma real comunidade cristã, sem saber como Deus responderia a este desejo.

Unitas Fratrum
  
   Havia uma igreja protestante florescente antes da Reforma na atual República Tcheca (cujas regiões principais eram Boêmia, ao redor da capital Praga, e Morávia, no leste). Estudantes tchecos que freqüentavam a universidade de Oxford ouviam o professor John Wycliffe e levavam seus ensinos bíblicos para casa. Um dos influenciados foi o padre João Hus, professor da Universidade de Praga, que pregava com zelo contra os erros na vida e doutrina da Igreja Católica Romana. Condenado pelo Concílio de Constança, foi queimado vivo em 1415, apesar do salvo-conduto imperial.
     A Boêmia revoltou-se e foi formada uma igreja evangélica conhecida como aUnitas Fratrum, a União dos Irmãos. Quando, porém, em 1620, a Aústria venceu os tchecos, o novo governo decidiu exterminar os evangélicos. Muitos foram mortos. Outros fugiram, entre eles o famoso educador João Amós Comênio, bispo da Unitas Fratrum, que soluçou que a igreja de Roma tinha se tornado vampira dos próprios cristãos.
Parecia que os evangélicos haviam sido extirpados da Boêmia e da Morávia. Entretanto havia uma semente oculta e Deus usou um jovem pastor de ovelhas, Cristiano David, para reacender o fogo.      Ele era católico fervoroso, mas pela leitura da Palavra de Deus conheceu a verdade e começou a pregar as boas-novas de salvação, causando um despertamento espiritual, o que levou a mais perseguição. Então, procurando uma saída, David encontrou-se providencialmente com Zinzendorf por intermédio de um amigo do pastor Rothe. O conde consentiu em receber crentes perseguidos em sua propriedade e David voltou para Morávia. Assim, cinco famílias deixaram seu lar para atravessar as montanhas e, depois de doze dias, chegaram à vila Berthel em 1722.

Herrnhut
   
  Foram recebidos com carinho. O administrador indicou uma colina distante para os refugiados se estabelecerem. Neste lugar nasceu o lugarejo de “Herrn -hut”, debaixo da “guarda do Senhor”. Mais famílias chegaram no decorrer dos anos seguintes, especialmente herdeiros da Unitas Fratrum. Além destes, foram recebidos anabatistas, calvinistas e outros, o que causou tensões. De fato, Herrnhut era uma congregação da Igreja Luterana de Berthel, mas o líder da confusão conclamou a todos a deixarem-na, xingando-a de ‘Babilônia’. Muitas pessoas foram levadas pela pregação inflamada, até mesmo o próprio pioneiro David. Embora o líder da desavença tenha endoidado e sido internado em um manicômio, o mal cresceu.
     Zinzendorf continuava seu trabalho como conselheiro real em Dresden, no inverno, e cuidava da sua propriedade rural, no verão. A igreja na vila Berthel florescia com o trabalho do pastor Rothe. Em sua casa senhorial, o próprio conde explicava a mensagem aos seus arrendatários. Enquanto as coisas iam bem, Zinzendorf não se incomodava com Herrnhut, onde somente perseguidos por causa da fé eram recebidos, prometendo fidelidade à confissão luterana de Augsburg. Em 1727, porém, o radicalismo pediu intervenção.
     Depois de muita preparação, convocou a todos para uma reunião na casa-grande em Herrnhut. Ensinou sobre o pecado do separatismo e, depois, como senhor feudal, explicou suas “ordens e proibiçõe s”. Finalmente, submeteu uns “Estatutos” como base para uma (futura) sociedade religiosa voluntária. A reunião foi longa, mas o resultado foi positivo. Todos lhe deram a mão, prometendo seguir as normas. Ele, por sua vez, garantiu que seus arrendatários nunca seriam seus servos feudais nem sua propriedade pessoal, mas poderiam viver como homens livres, algo especial para a época. No mesmo dia da reunião, foram eleitos doze anciãos para a supervisão da congregação. Destes, quatro foram indicados para servirem como ancião-mor, entre eles o próprio Cristiano David. Posteriormente, foram eleitos guardas-noturnos, inspetores de serviços públicos, ajudantes dos enfermos, cuidadores dos necessitados etc. Também foram organizados grupos pequenos para edificação mútua.

Avivamento

    Depois de receber licença da corte real, Zinzendorf dedicou seu tempo a Herrnhut, deixando seus negócios na mão da esposa. Pelas freqüentes reuniões com os refugiados e com os anciãos, ele percebeu a profunda preocupação dos tchecos em ressuscitar a sua igreja. Mas o conde sabia muito bem que as leis do Estado de Saxônia não permitiriam uma igreja independente. Chegou à conclusão de que a melhor solução seria organizar em Herrnhut uma congregação, uma “igrejinha dentro da igreja” (luterana) de Berthel com características da antiga igreja tcheca. Para isto, quase todos os habitantes de Herrnhut assinaram aC oncórdia
     Fraterna, documento que muito ajudou na paz e no crescimento espiritual. As reuniões de oração, cânticos ou estudos bíblicos era diário. O movimento era de calmo regozijo no Senhor, sem tentativas de estimular as emoções, pois o conde alertara: “Criar excitação religiosa é tão fácil como excitar as paixões carnais. E, freqüentemente, a primeira leva à segunda”.
     Depois que as brigas cessaram, o pastor Rothe convidou a todos para participar da Santa Ceia na igreja central de Berthel, marcada para o dia 13 de agosto. Ele enfatizou que, depois de tantas dificuldades, os irmãos estavam sendo convidados pelo Senhor para sentarem com Ele à mesa. Em meio às lágrimas de muitos, o conde fez a oração de confissão pública, pedindo perdão mediante o sangue de Cristo, o livramento de toda cisão e a bênção de uma união de coração, para que pudessem ser bênção para outros, perto e longe. A liturgia sobre o perdão dos pecados foi dirigida por um pastor vizinho que, então, administrou os elementos. Todos sentiram paz e alegria no Espírito Santo e profunda comunhão com Cristo e com os outros. Depois disseram: “Aprendemos a amar” (Rm 5.5). Não houve man ifestações especiais, mas foi um avivamento autêntico. Este foi o dia do renascimento da Igreja dos Irmãos, a Unitas Fratrum.

Resultado
   
  Duas semanas depois, Herrnhut iniciou a “Intercessão de Hora em Hora”. Durante 24 horas por dia havia oração e cada irmão tomava seu lugar no rodízio. Foi a reunião de oração mais longa da história, pois durou mais de um século. Algum tempo depois, jovens solteiros começaram a estudar juntos (a Bíblia, geografia, medicina, línguas etc.), pois sentiram que Deus queria prepará-los para uma outra obra. A chamada macedônica veio em 1731 e, no ano seguinte, começou o imenso trabalho missionário morávio. “Os seguidores do Cordeiro” foram por toda parte e, em 20 anos, Herrnhut mandaria mais missionários do que as igrejas protestantes em seus 200 anos de existência. Lembremo-nos do seu lema: Vicit Agnus Noster. Eum Sequamur! (Venceu o nosso Cordeiro! Vamos segui-lo)

Fonte:  http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/outubro/dia-mundial-das-missoes-5.php

Avivamento: O Que É e Quando Acontece


Amados, selecionei e postei aqui um resumo sobre avivamento, extraído da Revista Ultimato, como segue abaixo. Abraços. Carmelo Peixoto.

Edição 285
Novembro-Dezembro 2003

Avivamento — Avivamento sob o ponto de vista histórico

1. Sob o ponto de vista histórico, reavivamento é aquele curto período de tempo em que o Espírito Santo de Deus atua maciçamente no meio de um grupo de crentes de um determinado lugar, levando-o a buscar a Deus de forma intensa, deixando de lado a rotina, a frieza e a inércia, e usando-o de maneira fora do comum para o engrandecimento do seu reino. O avivamento em si pode durar pouco tempo, mas os efeitos que ele produz podem durar muito tempo.

2. Em geral, o reavivamento ocorre depois de um período de decadência moral e espiritual, depois da perda gradual e total do primeiro amor (Ap 2.4), depois das concessões feitas perigosamente à doutrina e à ética, depois de um vazio que se torna insuportável, depois de uma liturgia fria e repetitiva, depois de um púlpito seco e não cristocêntrico e também depois de certas tragédias de âmbito nacional ou internacional, provocadas por crises econômicas, epidemias, guerras e flagelos naturais.

3. Durante o reavivamento, a concepção de um Deus absolutamente santo gera convicção de pecado, arrependimento e mudanças. As Escrituras recuperam a sua autoridade de única regra de fé e prática. Volta-se à salvação pela graça mediante a fé e passa-se a acreditar outra vez que fora de Jesus não há salvação. Jesus Cristo torna a ocupar o lugar central na igreja e nos corações dos fiéis. Os crentes se enchem de ânimo e de alegria.

4. Porque a consciência social e a consciência missionária tomam conta dos crentes, surgem novas e muitas vocações para o ministério pastoral, para os campos missionários e para a filantropia. Como resultado prático, abrem-se novos seminários, novas agências missionárias, novas escolas evangélicas, novos ministérios e novas obras assistenciais, como orfanatos, creches e hospitais. As igrejas crescem em quantidade e em qualidade.

5. Embora o reavivamento conduza ao evangelismo, este é uma coisa e aquele é outra. “O evangelismo é boa nova e o reavivamento é vida nova. No evangelismo é o homem que trabalha para Deus, no reavivamento é Deus que trabalha de forma soberana em favor do homem... Toda a vida espiritual, seja no indivíduo ou na comunidade, na igreja ou na nação, é obra do Espírito Santo. Nenhum homem pode programar um reavivamento, porque só Deus é doador de vida.” (F. Carlton Booth, em “Dicionário de Teologia”, p. 76.)

6. O máximo que o elemento humano pode fazer é orar por um reavivamento, como fez o salmista: “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” (Sl 85.6). Ou como o profeta: “Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida” (Hc 3.2). Outra providência possível, já sob a ação do Espírito, é a passagem súbita ou gradativa da igreja de uma esfera carnal para a esfera espiritual, em que se colhe não as obras da carne, mas o fruto do Espírito.

7. Os reavivamentos mais famosos da história da igreja aconteceram na Europa e na América do Norte. Entre eles estão a Reforma Protestante (a partir de João Wycliffe, João Hus, Martinho Lutero, João Calvino e João Knox), o Reavivamento Morávio (com o conde Nicolau von Zinzendorf), o Grande Reavivamento do Século 18 (com João e Carlos Wesley e Jorge Whitefield), a série de reavivamentos ocorridos nas colônias americanas entre 1725 e 1760 (a partir de Teodoro Fredinghuysen e Jônatas Edwards) e os reavivamentos do século 19 (com Charles Finney e D. L. Moody).

8. Na esteira dos reavivamentos religiosos, há sempre alguma coisa espúria, que empobrece e desvirtua o movimento, embora não o impeça nem o danifique por completo. O historiador Welliston Walker lembra que, no clima emocional do início do século 19, insuflado por despertamentos religiosos, surgiram também “vários movimentos que representam significativos afastamentos ou distorções do modelo protestante evangélico” (“História da Igreja Cristã”, vol. 2, p. 279). Alguns deles só se mostraram perigosos vários anos depois. Hoje são grupos fortes e numerosos espalhados pela face da terra, como as Testemunhas de Jeová e os Mórmons. Quando esteve no Brasil, em 1952, o também historiador e avivalista J. Edwin Orr declarou que para cada grande reavivamento da história havia uma reação contrária, desde João Wycliffe (1329-1384) até Billy Graham.

http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/285/avivamento-sob-o-ponto-de-vista-historico